quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Natureza*

Da natureza nasci
E dela me alimento
Pois é ela que me dá alento
Dela aprendo a ser
Mais verdadeira
Pois com ela aprendo
Que a simplicidade
É o meu maior sopro
Junto de cresci
E nela me inspiro
Pois dela preciso
Como de alimento
Ela me contagia
Com sua imensa magia
Junto dela meus olhos brilham
E toda eu sou euforia
Se acredito no que sou
Porque nela sinto
Que o que sou
Pode ter valor
E regar com emoção
O coração dos homens
Que ouvem sua canção
Nesta troca de sentimentos
Descubro que sou feliz
Porque dela aprendi a tirar
O meu maior alento
Ser eu é ser poeta
Ser poeta é cantar a natureza
Cantar a natureza e ser natural

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ser madrinha*

Ser madrinha é querer dar mais
È procurar ajudar
È sentir medo de falhar
È construir uma amizade
Que nasce de algo ocasional
È ter a responsabilidade de integrar
E de nós dar, È procurar ser apoio
Ser madrinha é ser o que alguém
Para nós foi e tentar melhorar
È querer de um encontro casual
Fazer a amizade brotar
Pois ser madrinha é
Procurar nas praxes uma união
Indestrutível composição
E baseada no apoio e companheirismo

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Amizade

Ser amigo não é
Um olá aqui
E um tudo bem ali
Ser amigo é marcar presença
É estar sempre unidos
É criar laços indestrutíveis
É ser mais
É quer ver a felicidade
Espelhada no rosto do semelhante
É construir a mesma cabana
Ser amigos é ser feliz
Com a felicidade do outro
Ser assim é dar e receber
Ao outro o merecemos
Ser amigo é ser irmão

domingo, 11 de outubro de 2009

**

Hoje o pequeno Flávio, enquanto lia uma história, colocou-me uma dúvida porque é que todas as histórias começam por “Era uma vez”.
Confesso que não percebi, mas porque raio me estás a fazer essa pergunta inquiri eu de imediato o Flávio. Nesse momento ele começou por me explicar que gostava muito de ler e que já tinha reparado que a maioria das histórias começam por “Era uma vez”.
Eu de repente não lhe soube responder, era uma pergunta tão invulgar, porém bastante lógica.
Pensei como nunca me surgira aquela dúvida, afinal há tantas maneiras possíveis para começar uma história porque é que a maioria começa por “Era uma vez”.
Naquele momento, não encontrei nenhuma explicação que me parecesse minimamente coerente por isso deixei de pensar no assunto.
Fui trabalhar, depois do trabalho fui fazer voluntariado e quando cheguei a casa jantei, visto que meu marido já o tinha feito.
Quando me deitei, apesar de já ser um pouco tarde, não conseguir dormir.
Aquela pergunta, que o pequeno Flávio me tinha feito na hora de almoço, continuava a entoar na minha cabeça.
Então, resolvi pensar de forma séria e clara no assunto.
Pensei, pensei e voltei a pensar e de repente consegui chegar a algumas soluções que em parte esclareceram a minha dúvida.
Há vários motivos para a maioria das histórias infantis começarem dessa forma: o primeiro e o mais vulgar é porque é uma forma fácil e clara de começar uma redacção e de ter a certeza de que ela vai despertar a curiosidade do leitor, a outra razão é o hábito de alguém que começou e que teve bom resultado e os outros foram a trás, havia dezenas ou talvez centenas de respostas possíveis. Mas deixo a dúvida no ar pensem nela e depois retirem as vossas próprias conclusões.
Vá lá puxem pela cabeça.

P.S- Isto são efeitos das aulas de literatura para a infancia*

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Em Setembro de 2008 tornei-me estudante universiotária, no curso que eu queria(Educação Básica), na cidade que eu queria (Leiria), o que desde já é um previlégio. Durante um ano fui caloira, ou melhor, fui Besta, depois Caloira, depois Corvo e, finalmente, semi-doutora! Digo finalmente porque, qualquer estudante quando é caloiro deseja puder trajar, encher a sua capa de emblemas, as suas lapelas de pin’s e pom-pons, deseja chegar ao momento em que, em vez de ser praxado, vai praxar!
Mas voltando atrás…cheguei a Leiria sozinha, sem conhecer ninguém, sem a minha mãe, sem a minha familia, sem os meus amigos. Cheguei a um quarto, a uma residência, cheguei a uma cidade e escola novas, cheguei com medo e receio das praxes…com um sentimento de “vazio”. Mas cheguei também com uma alma a rebentar de desejos, expectativas, vontade de conhecer e viver…de ser estudante e de pertencer a uma vida académica!
Adorei ser praxada…de verdade! De coração! Sim chegava a casa cansadíssima, sim andava sempre toda suja, sim doíam-me os joelhos e as costas, sim por vezes sentia-me farta de ouvir ordens e gritos, sim não gostei de algumas coisas que me fizeram, de algumas pessoas que me praxaram. Mas corri, saltei, rebolei, gritei, cantei, sujei-me, atirei ovos, farinha e iogurte…diverti-me aos montes, ria-me das figurinhas que fazia…conheci as ruas, a história, os lugares e as pessoas de Leiria. Aprendi as músicas, os gritos e o orgulho em ser uma E.B. Conheci semi-doutores, Doutores, Madrinhas e amigas que foram essenciais na minha adaptação e integração.
A praxe foi fundamental no inicio da “minha construção” em Leiria. A praxe, as festas, o Terreiro, o Beat, os Arraiais, os Karaokes, o baptismo, a bênção do caloiro…a recepção ao caloiro, a semana académica, os jantares…as tunas! Só quem passa por uma vida académica entende…só quem vive ao máximo o seu ano de caloiro sabe a sensação que é trajar… A Serenata foi sem dúvida um dos melhores momentos: vestir o Traje pela primeira vez, ouvir o “Linda Leiria” trajado…puder contar com amigos e familiares nesse momento!
Foi tudo muito rápido…tudo aconteceu a alta velocidade e tudo foi vivido com as emoções á flor da pele. Construi amizades que se vivem de forma muito intensa…somos uma pequena, mas grande, família em que é impossível descrever tudo o que é partilhado.
Enfim…ser caloira já lá vai! Agora a responsabilidade aumentou…sou eu que recebo caloiros com receios e expectativas, sou eu que dou a conhecer a escola, o curso, a cidade…são as minhas atitudes e a minha disponibilidade que fazem a diferença na sua construção…porque eu sei o que um pequeno gesto pode fazer…
Não é melhor nem pior, é apenas diferente. Continua a mexer com as nossas emoções, continua a ser especial, mas já estamos “do outro lado”… Agora sinto o bom que é ouvir “Queres ser minha madrinha?”. Agora vejo “os meus caloiros” a crescer e a ganharem asas…
Leiria é Leiria! Os amigos e as pessoas de Leira, a independência, a vida académica…”Leira: Cidade dos sonhos!”
Leiria é felicidade*"
By LIliana Correia

Simplesmente amo este texto, porque resume muito bem o nosso primeiro ano!
Obrigada Educação Básica